Sob a presidência de Bocalom, AMAC tem relatos de perseguição desenfreada contra servidores

Segundo o site O Seringal, áudios e mensagens printadas colocam a diretora da AMAC (Associação dos Municípios do Acre), Marilice Maffi, no centro de graves episódios de assédio moral e ameaças de demissões irregulares dentro da instituição. Um grupo de técnicos e engenheiros é apontado como alvo de perseguições, em um ambiente descrito como tóxico e intimidador.
Bocalom é prefeito de Rio Branco e presidente da Associação dos Municípios do Acre/foto: reprodução
Frases como “Temos que podar ela. Temos que eliminar ela. Temos que acabar com o ego dela”, atribuídas à diretora e registradas em gravações, são citadas como provas das ações persecutórias. Em outra fala, Marilice orienta colegas a adotar condutas discriminatórias contra servidores previamente marcados como “alvos”, com a clara intenção de forçá-los a pedir demissão ou abandonar seus cargos.
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, atual presidente da AMAC, até o momento não tomou providências para conter os abusos.
A situação tem provocado constrangimento na relação entre técnicos, engenheiros e os prefeitos dos municípios acreanos. Esses profissionais são os responsáveis por atestar projetos ligados a emendas parlamentares, financiamentos e recursos de ministérios.
Mesmo sob proteção de uma liminar da 3ª Vara do Trabalho da Comarca de Rio Branco/AC — que proíbe desligamentos sem garantias legais —, segue em curso um processo acelerado de demissões, sem pagamento assegurado de verbas rescisórias. A denúncia foi trazida à tona inicialmente pelo Portal Direto do Planalto e confirmada por O Seringal.
Ainda segundo o site, há relatos de situações humilhantes. Em um dos episódios, a diretora determina que um servidor ande no banco traseiro de um veículo apenas para causar-lhe desconforto físico. Em outro momento, ironiza: “Só tenho cara de boazinha.”
Uma das gravações mais comprometedoras revela a estratégia interna de perseguição. Marilice afirma: “Cola no Marcus que você cresce… pra tentar derrubar esse pessoal.” O "Marcus" citado é o ex-diretor-executivo da AMAC e atual Secretário Municipal de Gestão Administrativa da Prefeitura de Rio Branco/AC. Fontes internas alegam que ele estaria envolvido no processo de perseguição, com o objetivo de consolidar poder e instaurar o medo entre os servidores.
Além das novas denúncias, o deputado estadual Tanízio Sá já havia alertado publicamente sobre práticas persecutórias dentro da AMAC, reforçando a gravidade e continuidade das ações denunciadas.
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