Durante sessão nesta terça-feira (27) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado estadual Tanízio Sá (MDB) fez um forte pronunciamento em defesa dos produtores rurais do estado, criticando os embargos a propriedades no interior do Acre. O parlamentar destacou o impacto negativo dessas medidas, que segundo ele estão sendo aplicadas de forma arbitrária e sem diálogo com a realidade local.

“O Acre vive da terra. Não temos minério, não temos petróleo. A base da nossa economia é o agronegócio. E estão querendo tomar as terras de quem passou a vida inteira trabalhando”, afirmou Tanízio, ao denunciar que cidades inteiras estão sendo afetadas por decisões administrativas tomadas à distância.

O deputado citou o caso do Ramal do Cassirian, em Sena Madureira, onde aproximadamente 40 mil cabeças de gado podem ser retiradas devido aos embargos. Ele também denunciou ações truculentas durante fiscalizações, como arrombamentos de residências com crianças presentes. “Imagina o constrangimento dessas crianças. Qual é o crime que elas cometeram? Ter nascido na roça?”, questionou.

Como resposta, propôs a realização de uma audiência pública com órgãos como Ibama, Incra, Imac, Iteracre e Ministério Público para discutir a situação. “Não podemos aceitar que esses trabalhadores sejam tratados como bandidos”, declarou.

Tanízio também criticou o governo federal e afirmou que não participará mais de eventos ambientais, como a COP, enquanto o Acre for penalizado injustamente. “Somos o estado que mais preservou floresta no país. E agora estão embargando os 15% onde se produz. É disso que a gente vive”, concluiu.