Frieza, ambiguidade e traição: ingratidão de Bocalom surpreende e deixa Mailza Assis no vácuo político; prefeito nega apoiá-la nas eleições do ano que vem

Vice-governadora esperava gratidão e recebeu hesitação. Prefeito que teve apoio de Mailza na reeleição evita compromisso com ela e deixa no ar possibilidade de rompimento político
Em um episódio que simboliza bem os jogos de bastidores da política acreana, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, protagonizou um gesto de frieza e ambiguidade ao ser abordado pela vice-governadora do Acre, Mailza Assis, durante um encontro reservado.
Segundo revelou a coluna Tricas e Futricas, do portal Ac24Horas, Mailza, pré-candidata ao governo estadual, teve um encontro marcado com o prefeito, e, no decorrer da conversa, dirigiu-se diretamente e ele, e questionou:
“Bocalom, você me apoia para o governo?”
O silêncio tomou conta da sala. Com apenas dois outros convidados presentes, a tensão foi palpável. Após cerca de dez segundos, Bocalom respondeu com um sorriso sarcástico e evasivo:
“Olha Mailza, você é uma boa candidata, mas eu não posso te responder nem que sim nem que não, pois eu posso ser uma opção…”
A resposta surpreendeu a vice-governadora, que fixou o olhar no prefeito, visivelmente constrangida pela falta de cortesia e gratidão. O ambiente tornou-se hostil, e a tentativa de diálogo transformou-se em um impasse simbólico.
Ainda de acordo com o Tricas e Futricas, Mailza – com voz mansa, mas firme – fez questão de lembrar Bocalom de uma palavra que, segundo ela, define o que esperava dele naquele momento: “Gratidão.”
O episódio expôs não apenas a tensão entre dois atores importantes da política acreana, mas também um possível rompimento de alianças que, até pouco tempo atrás, pareciam sólidas. Mailza foi peça-chave nas vitórias eleitorais de Bocalom e esperava, legitimamente, um gesto público de apoio.
Ao desviar da resposta com ironia, o prefeito não apenas negou o apoio, como também acenou com a possibilidade de ser ele próprio um candidato ao governo em 2026, desconsiderando a aliança que o reelegeu no ano passado.
Mailza Assis, que vem se destacando como liderança em ascensão no Acre, deixou o local com o semblante firme, porém decepcionado, encerrando o encontro sem o respaldo que, pela lógica das alianças, esperava.
O silêncio do prefeito e sua fala calculadamente ambígua mostram que, na política, nem sempre as alianças resistem ao tempo e às ambições pessoais. Para muitos analistas, a postura de Bocalom foi lida como traição política — e o preço desse gesto pode ser cobrado lá na frente, nas urnas.
COMENTÁRIOS